Vereador empossado enquanto estava preso e algemado, em Caratinga, no
Vale do Rio Doce, Ronilson Marcílio Alves (PTC) foi condenado a 5 anos e
4 meses de detenção em regime semiaberto. A Justiça mineira revelou
nesta terça-feira (9) que Alves foi condenado por corrupção passiva e
concussão. O vereador também perdeu o mandato.
Detido no presídio de Caratinga desde o dia 19 de dezembro, Ronilson
Alves é acusado de extorquir um padre. Segundo a polícia, ele teria
pedido R$ 200 mil a um padre da cidade para não divulgar um vídeo íntimo
do mesmo. Em janeiro, quando tomou posse, a polícia disse apenas que
ele tinha sido preso em flagrante por extorsão. Os detalhes do processo
foram omitidos por causa do “segredo de Justiça”.
Três outros acusados de envolvimento na extorsão foram condenados. Um
deles é o homem que aparece em situação íntima com o padre. Conforme o
G1, o amante começou a ameaçar o padre em novembro de 2016. O vereador,
então, teria se oferecido para intermediar as “negociações”, mas, na
verdade, segundo o inquérito, era o líder do esquema.
O padre teria negociado com o valor de R$ 90 mil pelo vídeo, mas
acionou a polícia antes do pagamento. A sentença da Justiça alega que o
ato de Ronilson Alves não condiz com a função pública que ocupa. “O que
gera uma grave violação de seu dever para com a Administração Pública,
sendo imperiosa a decretação da perda do cargo”, atestou o juiz. A
defesa informou que vai recorrer da decisão.
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