sexta-feira, agosto 11, 2017

Cultura libera R$ 4 milhões para contemplados em editais da Funarte de 2016.

O Ministério da Cultura vai liberar R$ 4 milhões para pagar os contemplados em editais da Fundação Nacional de Artes (Funarte) do ano passado nos setores de música, artes visuais e doação de kits de iluminação cênica. O anúncio foi feito hoje (11) no Rio de Janeiro, pelo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, que concedeu entrevista coletiva junto com o presidente da Funarte, Stepan Nercessian.

De acordo com o ministro, a pasta sofreu contingenciamento de 43% do orçamento em março e ficou sem caixa para pagar os vencedores de 2016. Ele explicou que tem buscado liberaração de  verbas para “honrar os compromissos assumidos”, mesmo que por outra gestão, antes de lançar novos editais de incentivo e fomento, e tem “buscado com lupa nas planilhas de orçamentos” para encontrar valores escondidos ou esquecidos. “Estamos catando moedas”, disse Leitão. 

O ministro citou a identificação de R$ 100 milhões em fundos da Agência Nacional do Cinema (Ancine), que foram anunciados em Fortaleza na semana passada para projetos audiovisuais para televisão. Com a Funarte, foram definidas as ações e investimentos para este ano e de 2018.

Serão pagos R$ 972,5 mil referentes ao Prêmio de Composição Clássica, com 46 contemplados em cinco categorias; R$ 2,114 milhões para o Prêmio Conexão Circulação Artes Visuais, com dez exposições de pequeno porte; e um total de R$ 1,1 milhão na compra de equipamentos de iluminação cênica para doação a 38 salas de teatro e 11 cinemas.

A Funarte vai publicar ainda este mês os editais para a ocupação, no segundo semestre, de 21 dos 27 espaços da Fundação no Rio de Janeiro, em São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, nas áreas de música, circo, teatro e dança. Até outubro, será lançado o edital para a ocupação em 2018, que incluirão também espetáculos, oficinas e debates.

“Em todas as conversas com as associações do setor cultural e entidades representativas, tem sido colocado que há artistas que não encontram palcos. Os espetáculos estão disponíveis, muitas vezes até com patrocínio, mas não encontram teatros e salas de espetáculo para que sejam apresentados e disponibilizados ao público. Acho que essa é uma das vocações dos nossos espaços e vamos lançar esses processos públicos de seleção, com critérios para que se tenha a maior diversidade possível nas áreas de expressão e dos artistas, para que a gente dê um alcance nacional para esse edital de ocupação.” 

Nercessian explica que a novidade é que a Funarte vai ceder o espaço gratuitamente, sem cobrar os 10% da bilheteria. “Nós vamos fazer as coisas com o pé no chão para fazer concretamente. Em 2018 vamos abrir mão dessa ocupação até dos 10% de bilheteria que hoje a Funarte tem. Quem ocupar vai ter o subsídio da gente bancar o espaço e a renda é toda da produção, do artista. Vamos quebrar também a limitação do preço do ingresso, que era um impedimento muito grande para produções mais caras.”

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