quinta-feira, dezembro 02, 2010

Mais de 85% dos estudantes brasileiros são reprovados em matemática, diz pesquisa

Alunos da segunda metade do ensino fundamental (do sexto ao nono ano) e do ensino médio de escolas públicas e particulares têm sérios problemas no aprendizado de matemática e não atingiram as metas definidas pela ONG Todos Pela Educação, segundo dados divulgados ontem quarta-feira (1º).

Mais de 85% dos estudantes do nono ano do fundamental em todo o país foram "reprovados" em álgebra, geometria e outras áreas da matemática, de acordo com a pesquisa. Isso significa que só 14,8% tiveram pontuação adequada. A meta para 2009 não era muito alta - bastava que 17,9% dos alunos tivessem nota satisfatória.

O desempenho dos estudantes e as metas levam em conta a pontuação dos alunos no Saeb, sistema de avaliação do ensino básico realizado pelo MEC (Ministério da Educação). Apesar de terem se saído mal, os estudantes voltaram a ter desempenho equivalente a 2003, quando 14,7% deles foram "aprovados" em matemática.

Depois de 2003, em duas avaliações do Saeb (2005 e 2007), menos estudantes foram bem na área - 13% e 14,3% respectivamente. Só em 2009 é que houve recuperação na área, ainda que abaixo da meta.

Ensino médio
No ensino médio, os estudantes foram ainda pior - só 11% dos jovens matriculados nos colégios tiveram nota satisfatória em matemática, o que significa que 89% deles não aprenderam o suficiente. Mais uma vez, a exigência não era alta - bastava que 14,3% atingissem boa pontuação para cumprir a meta.

Mais uma vez, o número significou uma ligeira melhora em relação aos anos anteriores do Saeb - em 2007, apenas 9,8% dos estudantes haviam se saído bem em matemática; já em 2005, o número foi de 10,9%.

No primeiro ciclo do ensino fundamental, a melhora em matemática foi patente - a meta era de que 29,1% dos estudantes tivessem desempenho satisfatório, mas o número chegou a 32,6%, quase um terço do total de estudantes matriculados. A quantidade de alunos com boas notas subiu de 15,1% em 2003 para 18,7% em 2005, chegando a 23,7% em 2007 e ao atual patamar, em 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário