Quem rói as unhas, além dos malefícios já conhecidos, pode estar com sintomas de uma danosa característica: a compulsividade. O hábito é chamado de onicofagia e atinge homens e mulheres de todas as idades.
A médica Meire Parada, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, afirma: “Não há idade específica, mas observo muitos casos com adolescentes. Há crianças que começam a roer por ver os pais fazendo”.
Essa compulsão pode trazer consequências, como traumatizar a base da unha, alerta a especialista. “Ao levar a unha à boca, você acaba tendo o contato com o dente, que causa danos e acaba deformando a unha. Além disso, pode machucar a cutícula e causar infecções, já que a boca contém bactérias. Nem sempre esses medicamentos são suficientes. É preciso ser feito um trabalho junto ao psicólogo para que se entenda qual é o motivo que leva a pessoa a manter o hábito”, disse a dermatologista.
Sintoma
A psicóloga clínica Marina Genova acrescenta que roer unhas não é considerado um distúrbio, mas um sintoma de que algo não está bem. “Não há causas isoladas que gerem a onicofagia. O problema pode ocorrer como sinalizador de algum desconforto relacionado à ansiedade do paciente, como pensamentos, sofrimentos, angústia”, disse.
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