sexta-feira, outubro 10, 2014

Cientistas descobrem que câncer de pulmão pode se esconder por 20 anos.

O câncer de pulmão pode ficar dormente por mais de 20 anos antes de se tornar mortal, afirmaram cientistas ontem quinta-feira (9), o que pode ajudar a explicar por que uma doença que mata mais de 1,5 milhão de pessoas por ano em todo o mundo é tão persistente e difícil de tratar.

Dois estudos que detalham a evolução do câncer de pulmão revelam como, após uma falha genética causadora da doença – muitas vezes devida ao fumo –, as células do tumor desenvolvem numerosas novas mutações silenciosamente, tornando partes diferentes do mesmo tumor geneticamente únicas.

Quando os pacientes ficam doentes o bastante para serem diagnosticados com o câncer, seus tumores terão percorrido diversas fases evolucionárias, fazendo com que seja extremamente difícil que qualquer medicamento específico surta efeito.

As descobertas mostram a necessidade premente de detectar o câncer de pulmão antes que tenha se transmutado em múltiplos clones malignos.

“O que não tínhamos conseguido entender antes é por que este é o imperador de todos os tipos de câncer e uma das doenças mais duras de tratar”, disse Charles Swanton, autor de uma das monografias do Instituto de Pesquisa de Londres da instituição de caridade Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha.

“Anteriormente, não sabíamos o quão heterogêneos estes tipos de câncer de pulmão em estágio inicial eram”.

O câncer de pulmão é o mais fatal do mundo, matando estimadas 4.300 pessoas por dia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 85 por cento dos pacientes têm câncer de pulmão de células não-pequenas (NSCLC, na sigla em inglês), o tipo analisado nos dois estudos. Via g1.

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