sexta-feira, outubro 10, 2014

Crimes de ódio em redes sociais disparam no período eleitoral.

As discussões em redes sociais sobre as eleições fizeram aumentar em 84% o número de denúncias de crimes de ódio cometidos na web. As páginas incluem conteúdo relacionado a racismo, homofobia, xenofobia, neonazismo e intolerância religiosa. As denúncias foram feitas à Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, rede para denúncias anônimas de delitos contra os direitos humanos e dos animais. As reclamações são recebidas por Polícia Federal, Câmara, Senado e a ONG Safernet, entre outros.

Segundo o levantamento, obtido pela Folha, 8.429 denúncias envolvendo crimes de ódio no Facebook e no Twitter foram feitas entre 1º de julho e 6 de outubro deste ano; 3.018 páginas hospedavam os conteúdos. No mesmo período de 2013 –sem eleições–, foram 4.583 denúncias para 1.719 páginas. Os picos de denúncia aconteceram na semana passada. O maior deles foi no dia 29 de setembro, um dia após o candidato Levy Fidelix (PRTB) declarar, no debate da TV Record, que “aparelho excretor não reproduz”, entre outros ataques a homossexuais. Na data, ocorreram 1.143 denúncias, recorde no período, envolvendo 141 páginas no Facebook e no Twitter. No mesmo dia do ano passado, os números eram 63 denúncias para 20 páginas únicas. O aumento no volume de denúncias foi de 1.800%.

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