A infidelidade conjugal é mais comum do
que se imagina, embora ainda seja um tabu e um assunto nada agradável
para quem já passou por essa experiência ou até mesmo para pessoas que
temem passar por isso. A pesquisa Mosaico 2.0, feita no Brasil em 2016,
revelou que 50% dos homens e 30% das mulheres admitem terem sido infiéis
em seus relacionamentos amorosos.
Quanto às razões para a infidelidade,
inúmeros estudos ao redor do mundo já analisaram os motivos pelos quais
homens e mulheres traem. Entretanto, o fato é que trair é sempre uma
questão de escolha e de valores. “Há pessoas que podem trair mesmo que
sejam felizes em seus casamentos. E há pessoas que mesmo se sentindo
infelizes, nunca irão fazê-lo”, afirma Denise Miranda de Figueiredo,
terapeuta de casais e cofundadora do Instituto do Casal.
Afinal, o que é infidelidade?
“Há varias concepções para o que seja infidelidade que variam de acordo com a cultura ou regras conjugais pré-estabelecidas. Mas, na nossa cultura ocidental tendemos a significar a infidelidade como a violação de regras e limites acordados previamente em um relacionamento, podendo significar a ruptura de qualquer compromisso que tenhamos assumido livremente e que, por qualquer circunstância, foi quebrado”, explica Denise.
“Há varias concepções para o que seja infidelidade que variam de acordo com a cultura ou regras conjugais pré-estabelecidas. Mas, na nossa cultura ocidental tendemos a significar a infidelidade como a violação de regras e limites acordados previamente em um relacionamento, podendo significar a ruptura de qualquer compromisso que tenhamos assumido livremente e que, por qualquer circunstância, foi quebrado”, explica Denise.
Para Marina Simas de Lima, psicóloga e
especialista em terapia de casal, a traição é complexa e envolve
diversos fatores. “A infidelidade pode se expressar de formas
diferentes. “Trair não significa apenas manter uma relação sexual com
outra pessoa que não o (a) nosso (a) parceiro (a). Estabelecer um
vínculo emocional já pode ser considerado como uma traição para alguns
casais, explica Marina.
Homens ainda traem mais que as mulheres?
A traição masculina ainda é mais frequente segundo as psicólogas. Entretanto, hoje a propensão feminina para a infidelidade é maior do que há alguns anos. “Mulheres e homens são muito parecidos, o que difere são as razões que levam a procurarem casos extraconjugais. Em geral, os homens têm a tendência de trair ao longo da vida. Já as mulheres tendem a trair depois que os filhos crescem, um pouco mais tardiamente. Mas isso não é uma regra, embora seja mais comum”, explica Marina.
A traição masculina ainda é mais frequente segundo as psicólogas. Entretanto, hoje a propensão feminina para a infidelidade é maior do que há alguns anos. “Mulheres e homens são muito parecidos, o que difere são as razões que levam a procurarem casos extraconjugais. Em geral, os homens têm a tendência de trair ao longo da vida. Já as mulheres tendem a trair depois que os filhos crescem, um pouco mais tardiamente. Mas isso não é uma regra, embora seja mais comum”, explica Marina.
Traição: sintoma de um casamento ruim?
Não há como negar que um casamento insatisfatório pode motivar a traição. “A falta de comunicação, atenção, afeto e sexo são fatores de risco para um caso extraconjugal. A monotonia, a rotina, o excesso de dedicação ao trabalho ou aos filhos podem minar o desejo sexual e afetar a conexão entre o casal. Por isso, sempre falamos da importância de investir na relação, de se dedicar, de encontrar tempo para conversar, fazer atividades juntos, namorar, etc.”, explicam as psicólogas.
Não há como negar que um casamento insatisfatório pode motivar a traição. “A falta de comunicação, atenção, afeto e sexo são fatores de risco para um caso extraconjugal. A monotonia, a rotina, o excesso de dedicação ao trabalho ou aos filhos podem minar o desejo sexual e afetar a conexão entre o casal. Por isso, sempre falamos da importância de investir na relação, de se dedicar, de encontrar tempo para conversar, fazer atividades juntos, namorar, etc.”, explicam as psicólogas.
É possível ser feliz depois de uma traição?
“Quando a traição acontece, ela é só um dos sintomas que indicam que é preciso repensar essa relação. Embora cada casal irá responder de forma diferente, não há uma fórmula mágica para resolver essa questão. Em alguns casos, a traição pode significar o fim da relação. Em outros, o casal poderá vivenciar a crise como uma oportunidade de mudança e renovação de suas necessidades”, explica Marina.
“Quando a traição acontece, ela é só um dos sintomas que indicam que é preciso repensar essa relação. Embora cada casal irá responder de forma diferente, não há uma fórmula mágica para resolver essa questão. Em alguns casos, a traição pode significar o fim da relação. Em outros, o casal poderá vivenciar a crise como uma oportunidade de mudança e renovação de suas necessidades”, explica Marina.
“Muitas vezes este casal precisará buscar
ajuda de um terapeuta de casal para reescrever sua história, ajudar a
ressignificar a infidelidade, mapear as necessidades atuais que não
estão sendo preenchidas dentro do casamento e estabelecer como seguirão
daqui para frente. Em nossa experiência clínica de mais de 20 anos,
podemos afirmar que a maioria dos casais que vivencia uma traição e
consegue ressignificá-la, olhando para ela como uma oportunidade de
crescimento e mudança, consegue permanecer junto e redesenhar o
casamento”, concluem Denise e Marina.
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