O delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Sousa pretendia que o
presidente Michel Temer prestasse depoimento na próxima semana, dia 31
de maio, no curso do inquérito com base nas delações do Grupo J&F.
Em despacho do dia 24, ele delegou a uma escrivã da PF a ordem de
intimar não só Temer, como também o senador Aécio Neves (PSDB-MG), para
depor no dia 01/06, e o deputado Rodrigo da Rocha Loures (PMDB-PR), para
o dia 02/06.
Com efeito, uma escrivã procurou a defesa de Temer, que, no entanto,
recorreu ao Supremo pedindo o adiamento do depoimento até a conclusão da
perícia nos áudios gravados pelo delator Joesley Batista, sócio do
Grupo J&F. Em seguida ao pedido da defesa do presidente da
República, o ministro Fachin esclareceu, em despacho, que a perícia nos
áudios gravados pelo empresário Joesley Batista era a “única diligência
por ora deferida” e pediu o retorno dos autos da Polícia Federal até o
Supremo, para que ele pudesse decidir se atendia ou não a pedidos feitos
– entre eles, o de Temer, para suspender depoimento até a análise dos
áudios.
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