O avião da companhia aérea boliviana LaMia, que caiu em 29 de
novembro do ano passado quando seguia para Medellín, a Colômbia, com a
equipe de futebol da Chapecoense, profissionais de imprensa e convidados
a bordo, tinha seguro, mas este não pôde ser aplicado porque o piloto
não informou que o voo tinha como rumo a Colômbia. A informação é da
agência EFE.
A explicação foi dada nesta terça-feira (30) pelo
vice-presidente executivo da BISA Seguros y Reaseguros, Alejandro Mac
Lean, em entrevista coletiva em La Paz. Ele disse que o território
colombiano está excluído como destino no acordo contratual com a LaMia.
Contudo, a seguradora ratificou que estabeleceu um fundo humanitário
para indenizar as famílias das vítimas e os passageiros que
sobreviveram. O montante a ser pago, entretanto, não foi divulgado.
O
avião da LaMia caiu perto de Medellín após ficar sem combustível. Na
queda, 71 dos 77 ocupantes da aeronave morreram. Apenas três jogadores
da Chapecoense - Follmann, Neto e Alan Ruschel -, dois tripulantes e o
jornalista Rafael Henzel sobreviveram.
Na coletiva, Mac Lean teve
a companhia do novo chefe da Direção Geral de Aeronáutica Civil da
Bolívia (DGAC), Erick Vargas, e do secretário-geral da instituição,
Marcelo Maldonado.
Maldonado confirmou que a apólice tinha uma
vigência de 10 de abril de 2016 a 10 de abril de 2017 e que o
certificado de seguro tinha uma cláusula que excluía a Colômbia como
destino para a cobertura mundial. Ao mesmo tempo, essa cláusula
determina que "todo país excluído poderá ser coberto se sujeito aos
termos estipulados pela seguradora, desde que haja uma notificação
prévia do voo", informou Vargas.
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