terça-feira, maio 30, 2017

Setor têxtil cresce e movimenta quase R$ 4,7 bilhões no RN.

Uma das principais bases econômicas do Rio Grande do Norte, os setores têxtil e de confecções evoluíram nos últimos cinco anos e a produção atingiu em 2015 o ápice de 89 mil toneladas. Isso representa um volume de R$ 4,7 bilhões que são negociados a cada ano. Essa cadeia produtiva agrega 574 empresas, que empregam 46 mil pessoas, sendo a maioria – 39 mil – absorvida por aquelas de porte industrial.

Os dados estão no Estudo da Competitividade dos Setores Têxtil e Confeccionista no Estado do Rio Grande do Norte, elaborado pelo Sebrae para traçar um diagnóstico dessa atividade, sobretudo nas regiões do Seridó e da Grande Natal, com ênfase nas unidades de facção, bonelaria, tecelagens e vestuário de moda, onde estão concentradas a maioria das pequenas empresas do setor.

O estudo foi apresentado nesta terça-feira (30) e revela que a produção têxtil no Rio Grande do Norte chegou, em 2015, a 46,5 mil toneladas – aproximadamente 2,6% da fabricação nacional. O maior destaque dessa produtividade vem da produção de vestuário, que já representa 3,4% da produção do país. No período analisado, 2013 a 2015, a produção de artigos têxteis cresceu 1,9%. Nos artigos confeccionados, houve alta de 7,1%.

Nesse mesmo período, o crescimento das receitas foi de 22,9% e de 28,6% para têxteis e confeccionados respectivamente. Em valores monetários, os segmentos de têxteis básicos (fios, tecidos planos, tecidos de malha e beneficiamento) movimentaram cerca de R$ 1,0 bilhão em 2015, enquanto que o setor confeccionista movimentou R$ 3,7 bilhões, calculados com base nos preços médios de fábrica.
De acordo com o levantamento, entre 2011 e 2015, houve aumento de 22,7% no número de empresas têxteis em atividade no estado, assim consideradas aquelas que tinham no mínimo cinco empregados em 1º de janeiro de cada ano. Já no setor de confecção houve aumento de 11,9% no mesmo período.  O estudo mostra também que 97% das empresas desse segmento são micro e pequenas.

O diagnóstico foi apresentado pelo consultor Marcelo Villin Prado, que conheceu de perto a realidade dos principais polos têxteis e confeccionistas potiguares, a empresários dos segmentos envolvidos nessa cadeia produtiva, entre eles representantes do Grupo Guararapes, e instituições ligadas ao setor. Também prestigiou a apresentação a diretoria executiva do Sebrae-RN, formada pelos diretores superintendente, José Ferreira de Melo Neto, técnico, João Hélio Cavalcanti, e de operações, Eduardo Viana.

A gerente da Unidade de Desenvolvimento da Indústria da instituição, Lorena Roosevelt, divide a mesma opinião do diretor e acrescenta que o estudo servirá para subsidiar os atendimentos aos empresários, já que posiciona o RN em elação ao Brasil e aponta tendências para os quatro segmentos têxteis mais representativos no estado. “O estudo apresenta também os gargalos e dificuldades do setor, orienta o desenvolvimento de soluções de capacitação e consultorias oferecidas pelo Sebrae. Vai nos dar subsídios para ajudar os empresários na tomada de decisão”.

A pesquisa foi conduzida pela consultoria paulista IEMI – Inteligência de Mercado, que ouviu 186 empresas do Rio Grande do Norte responsáveis por 60% da produção total estimada para o polo têxtil e confeccionista do Rio Grande do Norte, o que garante aos modelos de projeção estatística utilizados, a representatividade e a precisão necessárias às análises deste estudo. As entrevistas foram assim divididas entre os segmentos foco de análise: 19 tecelagens, 94 de vestuário (moda), 49 facções de serviços de costura e 25 bonelarias, totalizando 187 entrevistas realizadas com 186 empresas, pois uma delas é facção de vestuário e também produtora de boné. Via PnoAR.

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