Entidades de proteção ambiental se manifestaram contrárias à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do Acordo de Paris.
O tratado firmado em 2015, que define os compromissos globais na luta
contra os danos causados pelas mudanças climáticas, foi assinado por 195
países e ratificado por 147, responsáveis por 80% das emissões de gases
causadores do efeito estufa.
O WWF divulgou nota defendendo o tratado. Para o diretor-geral do
WWF-Brasil, Maurício Voivodic, o acordo continua forte, mesmo com a
saída dos Estados Unidos. "As manifestações em todo o mundo e as
tendências da economia mundial mostram que o Acordo de Paris continuará
firme e forte, independentemente da decisão de Trump. O movimento de
descarbonização mundial já está em andamento e é irreversível”.
Já
o presidente e diretor-executivo do WWF-Estados Unidos, Carter Roberts,
lembrou que várias empresas do país, como Walmart, Pacific Gas &
Electric, Google e Apple, aderiram ao acordo e pediu para que o
presidente reconsidere sua decisão. “Nós pedimos que a administração
Trump reconsidere e fique com as empresas americanas, prefeitos e
governadores que apoiam o Acordo de Paris. Assim, priorizará os postos
de trabalho e estabilidade a longo prazo que a América precisa”.
Já
o Greenpeace afirmou, em nota, que a decisão de Trump custará a
liderança global dos Estados Unidos. “Trump está entregando a liderança
global dos Estados Unidos para os verdadeiros líderes mundiais que estão
aproveitando a oportunidade de proteger seus países e o clima […].
Estamos testemunhando uma mudança na ordem global já que Europa, China e
outros lideram o caminho adiante”, disse a diretora-executiva
internacional da entidade, Jennifer Morgan.
A decisão de Trump
foi anunciada hoje (1º) em transmissão ao vivo pela TV. Os termos e as
condições da retirada deverão ser conhecidos progressivamente.
Concretamente, o anúncio do presidente norte-americano vai de encontro à
decisão de líderes mundiais expressa recentemente na reunião de cúpula
do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo), que foi no
sentido de apoiar o acordo climático.
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