O plenário do Senado fez ontem (5) a primeira das duas sessões de
discussão previstas antes da votação do projeto que trata da reforma
trabalhista. Após aprovarem o projeto de lei que trata da retomada do dinheiro de precatórios não sacados pelos credores, os senadores iniciaram o debate sobre a reforma.
Ao todo, 25 senadores se inscreveram, com direito a 10 minutos de
fala para cada um. A oposição voltou a criticar o projeto e se queixou
do acordo firmado pela base aliada com o governo para que a proposta
seja aprovada sem alterações.
“Me causa enorme surpresa – aliás,
me causa angústia – saber que esta Casa, o Senado da República, não pode
acrescentar nem retirar uma só vírgula da reforma trabalhista que o
governo mandou para o Congresso Nacional. Isso é algo inadmissível”,
disse o senador João Capiberibe (PSB-AP).
O relator da reforma,
senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), no entanto, voltou a defender seu
parecer pela aprovação do texto sem alterações. Para ele, a reforma vai
beneficiar as menores empresas, que são as mais prejudicadas pela atual
legislação trabalhista.
“Quem são os empregadores no Brasil para
aproximadamente 70% dos empregos que são gerados no nosso país? Quem
gera esses empregos são as empresas com mais de 200 trabalhadores? Não.
Para aproximadamente 70% dos empregos do nosso país, quem gera é o micro
e pequeno empresário que reúne em seus estabelecimentos até 15
trabalhadores. Portanto, nós estamos fortalecendo a micro e pequena
empresa”, disse.
Os debates sobre a reforma continuarão amanhã
(6), conforme acordo firmado entre os líderes partidários. Assim, na
próxima semana, o plenário iniciará a ordem do dia com o encaminhamento
para a votação, sem precisar abrir novo espaço para discussão da
matéria.
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