quarta-feira, agosto 23, 2017

Vulnerabilidade social no Brasil aumenta entre 2014 e 2015.

Apesar de mantida a tendência de redução da vulnerabilidade social no Brasil, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam uma desaceleração nessa queda e um aumento da vulnerabilidade social no país, no último ano analisado.

Os dados são do Atlas da Vulnerabilidade Social, divulgados hoje (23), em Brasília. Segundo o Ipea, de 2011 a 2015, o Brasil manteve a tendência de redução da vulnerabilidade social, mas em velocidade menor à observada no período entre 2000 e 2010.

Ao analisar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), entre 2011 e 2015, a taxa média anual de redução foi de 1,7%, enquanto que, entre 2000 e 2010, com dados do Censo Demográfico do IBGE, a taxa era de 2,7% ao ano.

Além disso, a partir de 2014, o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) não apresentou redução de valores, mas, sim, um aumento de 2%, saindo de 0,243 em 2014 para 0,248 em 2015. “Este pequeno aumento de 0,005 pode significar um ponto de inflexão na curva da redução da vulnerabilidade social”, diz o estudo.

Segundo o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e coordenador do atlas, Marco Aurélio Costa, é o primeiro ano em que há um aumento da vulnerabilidade social no país.

Quanto maior o índice, que varia de 0 a 1, mais vulnerável a população está. A vulnerabilidade social à que ele se refere indica a ausência ou insuficiência de recursos ou estruturas (como fluxo de renda, condições adequadas de moradia e acesso a serviços de educação) que deveriam estar à disposição de todo cidadão, por força da ação do Estado. Ele é composto por 16 indicadores organizados em três dimensões: renda e trabalho, capital humano e infraestrutura urbana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário