sábado, junho 23, 2018

Coutinho vira protagonista, chega a marca inédita e faz Tite mexer em Paulinho

Dois gols em dois jogos. Melhor em campo em ambos. A feição de bravura, e não de braveza, após concluir com precisão a mais importante das finalizações da seleção brasileira em dois anos com Tite no comando. Este é Philippe Coutinho, e, pelo menos enquanto Neymar não retoma as condições ideais, é o protagonista da equipe na Copa do Mundo.

Ao mandar a bola por entre as pernas de Keylor Navas, já nos acréscimos, o meia do Barcelona chegou a três partidas consecutivas da Seleção com gols, um recorde em sua carreira. Mas não é só isso. Suas atuações numa posição-função até então poucas vezes exercidas na Seleção têm sido convincentes a ponto de “obrigar” Tite a mexer em Paulinho, outrora intocável e líder em minutos jogados – agora ele divide o posto com o goleiro Alisson. 

Vale uma breve viagem no tempo. Em agosto de 2016, ao assumir o comando, Tite estabeleceu a mais equilibrada das disputas por posição no lado direito do ataque. Depois de dois jogos, Coutinho ganhou a posição de Willian, mas vê-lo por dentro, e não na ponta, era um desejo antigo do técnico, que teve tentativas frustradas de achar um armador.  

Lesões do próprio Coutinho e de companheiros adiaram essa experiência, mas valeu a pena esperar. O melhor jogador do Brasil na Copa do Mundo, por enquanto, tem levado Tite a fazer alterações em seu entorno para corrigir problemas, mas jamais em seu posicionamento, aparentemente consolidado.

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