Produtores rurais estão em alerta sobre os cuidados que devem ter
para evitar a transmissão do vírus da raiva para os seus rebanhos no
interior do Rio Grande do Norte. A preocupação é devido ao grande
aumento no número de casos de raiva registrados em animais em 2018. Os
dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP)
no início desse mês.
De acordo com o relatório da Secretaria, de janeiro a agosto foram
notificados 21 casos de raiva no RN, sendo 17 somente em morcegos. A
SESAP também identificou o vírus em três raposas e um carneiro nas
cidades de São Bento do Trairi, Caicó e Governador Dix-sept Rosado.
Segundo o veterinário Pollastry Diógenes, que atua em Apodi há quase
10 anos, os números mostram uma situação que precisa de atenção, uma vez
que o morcego é um grande agente transmissor e possui facilidade para
infectar outros animais.
“A raiva pode ser transmitida por vários animais, basta ele estar
infectado e morder alguém ou outro animal. Mas a questão do morcego é
porque não tem como o produtor impedir que ele morda os animais de uma
fazenda, por isso é preciso estar atento e, principalmente, com o
rebanho protegido”, destaca Pollastry.
A vacina anual antirrábica é o principal método de prevenção da
raiva. Cães e gatos recebem a imunização gratuitamente todos os anos
através de campanhas públicas, mas os animais de fazenda como bovinos,
caprinos e ovinos acabam ficando desprotegidos se o proprietário não
comprar a vacina e mandar aplicar.
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