quarta-feira, novembro 21, 2018

Aluno morre agredido em escola estadual, tia de garoto revela motivo da briga que causou morte: drible no futebol.

O jovem Luiz Felipe, de 17 anos, agredido no Instituto de Educação de Minas Gerais, morreu na manhã de ontem terça-feira (20), no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. O suspeito é um colega, Hudson Rangel Gomes Rosa, de 18 anos, que teve a prisão convertida em preventiva. Segundo a escola, ele tem histórico de agressividade, com mais de 30 ocorrências no prontuário.

No dia 14, os jovens jogavam futebol, durante o recreio, quando teria ocorrido um desentendimento entre a turma. A vítima foi agredida com socos e pontapés, tentou fugir, mas foi perseguida. Imagens do circuito interno da escola registraram a violência. A escola tradicional fica na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Testemunhas disseram que o adolescente de 17 anos foi atingido de costas com um chute na cabeça. A gravação mostra o momento em que ele é jogado da escada, batendo a cabeça em uma mureta. Hudson aparece nas imagens ajudando a carregar o colega com outros estudantes. Depois, ele se afasta.

Horas após a morte de Luiz Felipe Siqueira de Sousa, a tia do rapaz, de 17 anos, afirmou que perdoou o suspeito de agredir o sobrinho. Hudson Rangel Gomes Rosa, de 18 anos, está preso desde o dia 14, quando ocorreu a briga no Instituto de Educação, uma das escolas estaduais mais tradicionais de Belo Horizonte. Ela revelou o que causou a agressão: um drible durante futebol no recreio.

“Ele está perdoado, na hora que entrei na escola, já falei com o próprio policial: ‘não precisa disso’. Para mim, foi um acidente, uma fraqueza”, afirmou Valdênia Evangelista. Ela cuidava do adolescente desde quando ele tinha 3 anos.

Apesar do quadro gravíssimo em que o garoto estava, ela disse que ainda acreditava em um milagre porque ele queria viver.

Luiz queria ser engenheiro e havia acabado de prestar o Enem. “A vida dele era estudar, bicicleta e futebol. Luiz era muito tranquilo. Era uma criança que nunca a gente precisou de chamar a atenção porque ele era muito bonzinho. Ajudava com as coisas em casa. (…) Luiz é um menino que nunca vai ser esquecido. É um menino que, onde ele foi, ele só plantou e colheu amor”, disse.
O tio de Luiz Felipe, Walter Evangelista, contou que tinha tentado uma vaga para o garoto em outra escola no começo do ano, mas que foi destratado pelos funcionários do colégio. Para ele, o que aconteceu no Instituto de Educação foi um homicídio e não uma agressão.

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