O Facebook informou ontem quinta-feira, 15, que encerrou sua relação com
a consultoria Definers Public Affair, sediada em Washington, que
divulgava informações depreciativas sobre os críticos e concorrentes da
rede social.
O anúncio veio após reportagem do New York Times, publicada na
quarta-feira, que descrevia o trabalho feito pela Definers na esteira
dos últimos grandes escândalos envolvendo a companhia de Mark
Zuckerberg, em meio a uma turbulência generalizada na gigante das mídias
sociais ao lidar com a descoberta da intromissão russa nas eleições
presidenciais dos Estados Unidos e violações da privacidade de dados.
Entre outras coisas, a Definers desacreditava ativistas contrários ao
Facebook, em parte ligando-os ao megainvestidor George Soros. Também
tentou desviar críticas à rede social pressionando jornalistas a
investigarem rivais como o Google. Soros tem sido um detrator frequente
do Facebook, chamando-o de uma “ameaça” no início deste ano.
Os principais executivos do Facebook, incluindo Zuckerberg e Sheryl
Sandberg, não estavam cientes do trabalho específico que está sendo
feito pela Definers, disse ao NYT uma fonte que não quis se identificar.
Em longa réplica à reportagem do NYT, o Facebook afirmou que nunca
escondeu seus laços com a consultoria e contestou a afirmação de que
pediu à empresa que divulgasse informações falsas. “É errado sugerir que
tenhamos pedido à Definers para pagar ou escrever artigos em nome do
Facebook, ou comunicar qualquer coisa que não seja verdade”, disse a
rede social. “A relação com o Facebook era bem conhecida pela mídia –
até porque em várias ocasiões enviaram convites para centenas de
jornalistas sobre importantes chamadas da imprensa em nosso nome ”
O conselho do Facebook também defendeu os executivos. “Como Mark e
Sheryl deixaram claro ao Congresso, a empresa demorou demais para
detectar a interferência da Rússia e demorou demais para agir”, disse em
nota o colegiado. “Como um conselho, nós os impulsionamos a avançar
mais rápido. Mas sugerir que eles sabiam sobre a interferência russa e
tentaram ignorá-la ou impedir investigações sobre o que aconteceu é
extremamente injusto.”
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