Uma travesti foi encontrada morta com uma faca em punho e marcas de
espancamento no corpo em um matagal em Parnamirim, Grande Natal, nesta
quarta-feira (12). A vítima não identificada entrou para uma das maiores
estatísticas de violência contra pessoas LGBTS do mundo, de acordo com a
Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a cada 48
horas, uma pessoa trans é assassinada no Brasil.
O corpo foi encontrado em um campo de futebol próximo à Maternidade
Divino Amor por um trabalhador que passava pelo local enquanto iria
trabalhar, perto de 6h30. Ele acionou a Polícia Militar, que foi ao
local para averiguação.
Junto com o cadáver foi encontrada uma faca de ponta que, segundo os
oficiais, pode ter sido usado para se defender dos agressores. Além
disso, ela estava seminua, usando apenas um short jeans. O Instituto
Técnico-Científico de Perícia (Itep) foi ao local para realizar os
procedimentos de praxe.
Ainda de acordo com a Antra, apenas em 2017 foram contabilizados 179
assassinatos de travestis ou transexuais. O relatório apresentado pela
associação destaca que o número de assassinatos em 2017 é o maior
registrado nos últimos 10 anos.
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