A edição de junho da revista ALFA traz um artigo do repórter Marcelo Zorzanelli sobre a repercussão negativa do humor, tido como novo, na tevê, bem como de citações em redes sociais.
E cita como exemplos o quadro Casa dos Autistas, do programa Comédia MTV, e as piadas de Rafinha Bastos e Danilo Gentili, integrantes do CQC, que usam o twitter para soltar pérolas do tipo: 'as mulheres feias deveriam agradecer ao estuprador, caso um dia sofram violência sexual.'
Quando criticados, Rafinha e Danilo se defendem dizendo que este tipo de piada já faz parte do cotidiano das pessoas através do programa Os Trapalhões, que faziam piadas com negros, nordestinos e gays.
A revista ALFA conversou com Renato Aragão, que não gostou muito da comparação.
"Nos não tínhamos a intenção de provocar. Que intenção eu tenho de ferir negros, feios, gordos, homossexuais? O que eu quero é conquistá-los, quero que vejam meu programa. Hoje, com esse avanço da sociedade, acho que fica muito difícil fazer esse humor despreocupado, que a gente fazia. Porque mesmo sem intenção, você pode estar ferindo", avaliou o humorista.
No artigo, Marcelo também fala que, devido à forma com que esses humoristas se colocam, acabam se transformando em grosseiros e com falta de civilidade.
"A maioria dos humoristas precisa fazer uma crítica à sociedade, e fazer isso de forma que não machuque. Como fazer humor de crítica que seja politicamente correto? Só com muita delicadeza. Uma coisa é você criticar algo que está errado, outra é fazer um ataque pessoal", concluiu Renato.
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