quinta-feira, março 08, 2012

50 anos depois, pílula ainda é anticoncepcional mais usado.

A ordem de prioridades na vida das mulheres se inverteu nas últimas décadas: hoje, elas pensam primeiro na carreira, deixando a formação da família em segundo plano. E, como adiam o momento de ter filhos, usam e exigem cada vez mais dos métodos de contraconcepção. Estas são algumas das conclusões de uma pesquisa do Ibope sobre métodos anticoncepcionais, na qual o comportamento das mulheres nascidas até 1965 (baby boomers) foi comparado ao das gerações posteriores (X e Y).

O estudo mostrou que as novas gerações começam a vida sexual mais cedo (80% das entrevistadas iniciou-a antes dos 16 anos) e por iniciativa própria (39%). Apesar disso, a maior parte de suas representantes não conhece todos as opções de contraceptivos disponíveis no mercado: eles se queixam da pílula tradicional, pela obrigatoriedade de precisar lembrar de tomá-la todos os dias, mas não recorrem a outros métodos por saber pouco a respeito deles. Como consequência dos dois fatores, um grande número afirma recorrer cada vez mais à pílula do dia seguinte — o que é preocupante, segundo especialistas.

Embora mais focada no uso dos contraceptivos, a pesquisa revelou outros dados comportamentais interessantes. Verificou-se que há muito mais mulheres das gerações X e Y assumindo o papel de chefes de família (56%, contra 18% das baby boomers). O mesmo acontece com o trabalho: 58% das nascidas após 1965 têm um ofício, contra 19% das representantes de gerações anteriores.

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