Nove presos fugiram no início da tarde
de ontem quarta-feira (12), da cadeia pública da cidade paraibana de São
Bento (localizada no Sertão paraibano a 375 km da Capital). O grupo
pulou o muro da unidade prisional utilizando uma corda improvisada com
roupas e lençóis, chamada ‘teresa’.
Uma varredura está sendo feita pela PM
na zona rural da cidade. A Secretaria de Administração da Paraíba (Seap)
investiga o envolvimento da direção na cadeia na fuga.
O secretário Walber Virgolino fez uma
revelação surpreendente. Na última vistoria realizada na unidade, no dia
10 de abril deste ano, a equipe descobriu uma pequena fábrica
clandestina de rede dentro da cadeia.
Foram apreendidas máquinas e
material utilizado para confecção das redes.
“A Seap detectou diversas
irregularidades da cadeia. Encontramos diversas máquinas em celas, o que
é proibido. A Secretaria investiga quem era beneficiado pelo dinheiro
arrecado com a venda das redes de dormir produzidas pelos presidiário”,
frisou Virgolino, informando que mais de R$ 1 mil em espécie foram
apreendidos em poder dos detentos.
Durante a inspeção, conforme o
secretário, foram constatadas algumas regalias aos presos como banho de
sol de manhã e tarde, diariamente, e as celas sempre abertas. O
secretário disse que investiga agora se há relação entre a fuga dos
presos e o fim dessas regalias. ” Uma sindicância foi aberta para apurar
todas essas irregularidades”. A cadeia local atingiu sua capacidade
máxima da população prisional.
São Bento é considerada uma cidade pólo
industrial têxtil, conhecida pela fabricação de redes e mantas.
Atualmente, exporta redes de dormir para todos os estados do Brasil bem
como para a maioria dos países da América do Sul, África, Europa e Ásia.
A cidade é chamada de Capital Mundial das Redes por produzir por ano
cerca de 12 milhões de redes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário