terça-feira, janeiro 28, 2014

Hospital pagará R$11,1 mi a menina que teve cola injetada no cérebro.

Em junho de 2010, a jovem Maisha Najeeb, com 10 anos na época, foi submetida a uma cirurgia no hospital pediátrico Great Ormond Street, em Londres. A intervenção cirúrgica consistia em procedimento de embolização, voltado para reduzir o fluxo arterial do cérebro e reparar vasos sanguíneos. Nesse tipo de cirurgia, os médicos devem, momentos antes da operação, injetar um líquido corante de contraste para facilitar a visibilidade da circulação do sangue. A família de Maisha estava apreensiva, mas confiante de que tudo daria certo e que os médicos do hospital conseguiriam ajudar a menina. 

Mas, por algum engano, ocorreu uma troca de seringas, e no lugar do líquido corante, os médicos injetaram uma cola usada para conter sangramentos em uma artéria cerebral da paciente. O erro foi irreversível. E devastador.

Hoje, aos 13 anos, a jovem Maisha não anda, não fala, pouco se movimenta. Ela precisa de cadeira de rodas para andar e perdeu grande parte de suas funções cognitivas. Segundo seu pai,  Sadir Hussain, a vida da filha foi "arruinada" naquela cirurgia. 

O erro médico foi comprovado e, na segunda-feira (27), a Justiça de Londres aprovou um acordo que prevê que o hospital pediátrico pague uma indenização inicial de 2,8 milhões de libras ( o equivalente a R$ 11,1 milhões) à família da vítima. A Justiça determinou ainda que o centro médico pague, todos os anos, mais 383 mil libras ( R$ 1,5 milhão) até a vítima completar 19 anos de idade, e mais 423 mil libras (R$ 1,6 milhão) anuais até a sua morte. O dinheiro da indenização deverá ser usado para ajudar a família a pagar os cuidados e tratamentos médicos que a garota precisará pelo resto de sua vida. De acordo com alguns especialistas, ela deve viver até, no máximo, 64 anos de idade.

O advogado do hospital, Nick Block, lamentou o ocorrido. "Não podemos voltar atrás e corrigir o que aconteceu. Mas esperamos que a partir de agora não volte a acontecer um erro tão trágico." "Espero que com a decisão da Justiça o hospital aprenda a lição e se preocupe em não deixar o mesmo ocorrer na vida de outras famílias", disse o pai de Maisha ao jornal britânico Metro.

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