quinta-feira, março 06, 2014

Pesquisa indica que maioria de analfabetos está no nordeste.

As políticas educacionais mais recentes conseguiram diminuir a quantidade de analfabetos no Brasil, mas não evitaram que mais jovens saíssem da escola sem saber ler ou escrever

Os números do analfabetismo no País mostram que 16,7% dos 13,4 milhões de analfabetos brasileiros têm entre 20 e 40 anos. Eles representam 2,2 milhões de pessoas que, junto com outro meio milhão de crianças e adolescentes de 10 a 19 anos, não estão alfabetizadas.

Essa é a grande preocupação dos especialistas, apesar de a maioria dos analfabetos brasileiros ser idosa. Do total de analfabetos brasileiros, 45% (mais de 6 milhões) têm mais de 60 anos.

Ao longo dos últimos anos, quando o tema se tornou compromisso dos governantes (em acordos internacionais e campanhas), os esforços de universalização do ensino não chegaram aos adultos como deveriam e ainda “produzem” analfabetos. Muitos escolarizados, inclusive.

Além disso, as políticas educacionais ainda não venceram as desigualdades histórias do País. Os dados mais recentes do analfabetismo estão na Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad) 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Eles mostram que 7,2 milhões de brasileiros que deveriam saber ler e escrever (possuem mais de 10 anos de idade) vivem nos estados da região Nordeste.

“O sistema educacional evoluiu muito para compreender e ter um pano de fundo melhor para recuperar e devolver a essas pessoas um direito que foi violado. Mas precisamos transformar esse cenário favorável em práticas que tenham resultado. E temos de nos preocupar porque estamos gerando uma nova classe de analfabetos, a de escolarizados”, afirma Ana Lúcia Lima, diretora do Instituto Paulo Montenegro.

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