Jornalistas potiguares decretaram luto
na última quarta-feira (10/12). Eles trabalharam de roupas pretas nas
redações e nos programas de televisão do Rio Grande do Norte em protesto
contra o piso salarial oferecido aos profissionais de imprensa no
estado, que tem o valor mais baixo do Brasil.
Segundo o portal Notícias da TV, os
comunicadores estão em estado de paralisação, o que significa que podem
ocorrer atos de protesto a qualquer momento. Há, também, a possibilidade
de haver greves na área caso as empresas de mídia não façam o reajuste
reivindicado pelos trabalhadores locais.
O presidente do Sindicato dos
Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte, Breno Perruci, afirmou
que o ato foi realizado para marcar a paralisação. “A insatisfação é
geral. Vamos fazer manifestações-surpresa para incomodar os patrões”,
declarou.
“Se eles nos receberem com retaliação e
não atenderem às nossas reivindicações, podemos fazer greve”,
acrescenta. Profissionais de todos os veículos de comunicação
participaram do ato.
No “RN TV”, por exemplo, os
apresentadores Matheus Magalhães e Lidia Pace estavam trajados com
roupas pretas, em alusão ao movimento. Os produtores e editores da
atração também trabalharam com roupas escuras.Casos semelhantes foram
vistos em outros canais locais. As afiliadas do SBT, da Record e da Band
integraram o protesto, bem como jornais, portais e rádios do Rio Grande
do Norte.
O valor do piso salarial na região é
de R$ 1.225,80. Os trabalhadores defendem quase o dobro de aumento do
pagamento para três salários mínimos (R$ 2.172,00). Querem, ainda,
definição de benefícios complementares do serviço como vale-alimentação,
auxílio-creche, licença-maternidade de seis meses e vale-cultura.
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