quarta-feira, janeiro 06, 2016

Ministério da Saúde deve mudar notificação federal de zika.

O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, afirmou em entrevista que a pasta deverá analisar nos próximos dias os dados sobre zika coletados nos chamados laboratórios sentinela e, a partir daí, uma decisão será adotada sobre o formato de notificação da doença. “Considero promissora a ideia de adotarmos um modelo híbrido, que amplie o número de laboratórios que fazem as coletas, mas que não seja universal, como o que está sendo feito em Pernambuco e Bahia”, afirmou.

Como não há um kit de diagnóstico que consiga identificar a presença de anticorpos de zika no sangue, o acompanhamento da infecção é feito por meio de centros avançados de pesquisa. Unidades de atendimento escolhidas pelo ministério ficam encarregadas de acompanhar o número de casos atendidos e fazer exames em parte dos pacientes para serem enviados para análise de especialistas. Os dados são analisados por amostras e depois projetados para toda população. A ideia de Maierovitch é ampliar esse número de espaços de coleta, para que essa amostra seja ainda maior.

Ele reconheceu ser “tentador” partir para um formato de notificação compulsória, em que todos os casos suspeitos são notificados, desde que a presença do vírus seja comprovada na região. Esse é o modelo usado, por exemplo, para dengue e chikungunya, doenças transmitidas pelo mesmo vetor do zika vírus o Aedes aegypti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário