segunda-feira, novembro 06, 2017

Encontro internacional debate preservação dos fortes militares.

A importância da preservação dos fortes militares como patrimônio mundial é o tema do Encontro Internacional de Fortificações e Patrimônio Militar (Icofort, da sigla em inglês), que começou hoje (6) no Forte Duque de Caxias, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro. Até quarta-feira (8), serão apresentadas e debatidas experiências de gestão, inovação, memória e uso turístico e cultural de fortificações do Japão, Argentina, Uruguai, Peru, México, Jamaica, Espanha e Itália, além de vários estados brasileiros.

Esta é a primeira vez que o encontro científico ocorre no Brasil e decorre do interesse apresentado em 2015 para a candidatura do conjunto de 19 fortificações brasileiras como Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O encontro é organizado pelo Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social (LTDS) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), em parceria com o Icofort, Conselho Internacional de Monumentos e Sítio (Icomos, da sigla em inglês), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Exército Brasileiro.

Na mesa de abertura do evento, o coordenador do LTDS, professor Roberto Bartholo, disse que muito já foi feito no sentido de preservar as fortificações militares no Brasil e no mundo, por instituições de diversos tipos, tanto públicas como não governamentais, e explicou a importância de se preservar esses monumentos.

“As fortalezas históricas podem ser vulneráveis porque a memória tem um risco e o risco da memória é o esquecimento. Eventos como esse são muito importante para que não sejamos desmemoriados e para que possamos fazer da nossa memória um compromisso. E que essa rede que hoje está aqui se desdobre rumo ao futuro”, disse Bartholo.

Segundo o Coppe, no Brasil existem cerca de mil fortificações em diferentes estados de preservação, entre edificadas e em uso, mesmo que não militares, ruínas ou resquício arqueológico. Para a presidente do Icofort, Milagre Flores, o encontro no Rio de Janeiro é fundamental para compartilhar o conhecimento acumulado sobre o tema.

“Viemos aqui aprender sobre tantos projetos, tantas fortalezas que não teríamos conhecimento sobre o que estão fazendo e como estão sendo geridas. Estamos aqui em um curso intensivo de três dias para aprender e sobretudo para compartilhar todas essas informações importantes e sairemos daqui com muito mais conhecimentos sobre a situação das fortificações a nível mundial, porque esse não é um assunto apenas do Brasil, mas também para países distantes que também têm esse patrimônio tão importante”, disse Milagre Flores.

Na abertura do evento foi assinado um acordo de cooperação científica entre o Icofort e o LTDS, para a troca de informações, organização de eventos e publicação de artigos em prol da preservação e do uso sustentável dessas edificações.

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