Terminou sem acordo a reunião entre os trabalhadores e as empresas do setor aéreo na tarde de ontem (12) sobre reajuste salarial da categoria. A proposta oferecida aos empregados será avaliada hoje (13) em assembleias marcadas para as 13h em vários estados. Mas o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke, adiantou que, se não houver melhora nos termos oferecidos, a tendência é que haja paralisação de advertência amanhã.
“Nós insistimos em ter algum tipo de ganho real [acima da inflação]. O tempo que podemos dar para o sindicato patronal é até amanhã. Não houve qualquer avanço na proposta. Eles querem dar o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] para quem ganha o menor piso, 4,5% para os trabalhadores que recebem até R$ 3 mil, 3% até R$ 5 mil e, acima disso, 1,5%. Se esta proposta for mantida, a decisão dos trabalhadores é desencadear uma greve no setor, a partir das assembleias de amanhã à tarde”, avisou Klafke, na saída da reunião, ocorrida na sede do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).
O representante do Snea, Odilon Junqueira, disse que há possibilidade das empresas revisarem a proposta até amanhã. Segundo ele, os trabalhadores propuseram 7% de reajuste geral, o que será examinado pelas companhias aéreas, que enviaram representantes para a reunião.
“As empresas farão o que é possível até hoje. Os sindicatos dos aeronautas e aeroviários deixaram [proposta de] um reajuste de 7% para todas as categorias. Sendo que os aeroviários pediram ainda que os pisos sejam reajustados em 10%”, disse Junqueira.
“As empresas aéreas, desde o início das negociações, têm sido enfáticas em afirmar que, tendo em vista os prejuízos econômicos muito grandes que tiveram ao longo do ano de 2012, com o câmbio, que é muito elevado, o preço do combustível, que no Brasil é absurdo, e o custo dos impostos que incidem sobre a aviação, elas não têm a menor condição de conceder aumento real de salário”, frisou Junqueira.
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