sexta-feira, maio 30, 2014

Quase um terço da população mundial está obesa ou acima do peso.

O novo estudo mostra que nos últimos 30 anos o sobrepeso entre crianças e adolescentes subiu quase 50% em todo o mundo 

Em todo o mundo, há 2,1 bilhões de pessoas obesas ou com sobrepeso, o que representa quase 30% da população. Em 1980, esse número era de 857 milhões. O aumento da obesidade nas últimas três décadas ocorreu em todas as regiões do mundo, representando um problema de saúde pública em países ricos e pobres.

As informações são da pesquisa Global Burden of Disease, considerada a análise mais abrangente feita sobre o assunto, publicada nesta quinta-feira na revista The Lancet. Conduzido pelo Instituto de Métrica e Avaliação em Saúde (IHME, sigla em inglês), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, o estudo analisou informações de crianças, adolescentes e adultos de 188 países. Reunindo dados de pesquisas, censos estatísticos e artigos científicos em todas as regiões do planeta, entre 1980 e 2013, o trabalho aponta para a necessidade de uma ação global conjunta para combater a epidemia crescente de obesidade.

“A obesidade afeta pessoas de todas as idades e renda”, diz Christopher Murray, diretor do IHME. “Nas últimas três décadas, nenhum país teve sucesso na redução de suas taxas. O problema deve crescer nos países pobres, se medidas urgentes não forem tomadas para combater essa crise de saúde pública.”

Os países mais gordos Há 671 milhões de obesos no mundo. Mais da metade deles vive em apenas dez países: Estados Unidos (acima de 13%), China e Índia (15%), seguidos por Rússia, Brasil, México, Egito, Alemanha, Paquistão e Indonésia.
Em todo o planeta, a obesidade e sobrepeso aumentaram de 29% para 37% entre os homens e, entre as mulheres, de 30% para 38%. Os homens lideram o ranking nos países ricos e as mulheres, nos pobres.

“No caso feminino, quanto menor a instrução e a renda, maior é o peso. Para os homens, esses fatores não são tão importantes”, diz Paulo Lotufo, diretor da Divisão de Clínica Médica do Hospital Universitário da USP, e um dos três autores brasileiros do estudo. “Com menos acesso à informação, a mulher deixa de ter alimentação variada. Além disso, o preço dos alimentos altamente calóricos é baixo.”

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