quarta-feira, maio 28, 2014

Falece a última testemunha da infância de Luiz Gonzaga, adeus, dona Priscilia.

Uma casinha simples no centro da cidade era uma das mais conhecidas e visitadas do Exu. “Onde mora dona Priscilia?” ou “onde mora a amiga de infância de Luiz Gonzaga?” eram perguntas sempre respondidas prontamente pelos moradores da terra onde nasceu e cresceu o mais importante músico pernambucano. Lúcida até quase o fim da vida, Dona Priscilia Vicente dos Santos era a única pessoa capaz de falar sobre a infância do Rei do Baião puxando pela própria memória. Hoje, aos 99 anos, ela faleceu no Hospital Regional de Ouricuri.

No povoado do Araripe, os dois brincavam juntos no terreiro quando crianças. Priscilia viu Gonzaga tocar em seus primeiros “sambas”, palavra usada antes da criação do forró. Viu também quando ele deixou a casa dos pais e fugiu para o Ceará. Também foi testemunha da volta de Gonzaga ao Araripe, já famoso no Rio de Janeiro.

Quando Gonzaga se casou com dona Helena, Priscilia estava lá no Rio para ajudá-la a criar Rosinha. Foi um ombro amigo para Gonzaguinha, a quem amava como um filho e sobre o qual falava com saudade e emoção.

No filme “Gonzaga – de pai para filho” foi interpretada por Zezé Motta, em cenas em que aparecia como uma conselheira e amiga de Gonzaga. A longa convivência com o músico e seus parentes e amigos fizeram de dona Priscila uma fonte sempre lembrada quando o assunto era Gonzaga. E ela sempre foi respeitosa com a memória do Rei do Baião.

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