quinta-feira, maio 29, 2014

Cigarro mata 23 pessoas por hora no Brasil.

José Carlos Isola, 62 anos, está sentindo dificuldade para respirar. O radialista aposentado sabe a causa do problema e que precisa se cuidar. Há 50 anos, ele fuma dois maços de cigarro por dia. Embora faça exercícios e ande “uma Avenida Paulista inteira por dia”, recentemente ele tem notado que , além do pigarro, passou a apresentar dificuldade em respirar.

“Eu sempre fumei, desde pequeno. Sei que está me fazendo mal, mas o problema é que eu sinto um prazer enorme em fumar. Há dois meses reduzi para um maço por dia. O último cigarro que eu fumei foi às 9 horas. Estou me controlando para não fumar outro agora”, disse Isola, às 11h30 da manhã.

As mudanças notadas por Isola foram comprovadas num exame. Ao fazer o teste de capacidade pulmonar no stand montado em São Paulo como parte da de uma campanha o Dia Mundial Sem Tabaco, que será celebrado no próximo sábado (31), ele ficou sabendo que o pulmão está comprometido.

“A capacidade pulmonar dele está comprometida. Ele já tem doença pulmonar obstrutiva crônica”, disse a Regina Maria Carvalho Pinto, pneumologista e vice-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia.

No Brasil, a doença pulmonar obstrutiva crônica, também chamada de enfisema pulmonar, atinge cerca de seis milhões de pessoas. Somente 12% dos pacientes são diagnosticados e desses apenas 18% recebem tratamento. A doença mata cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil. Em todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde acredita de acordo com projeções que a DPOC será a terceira maior causa de morte no mundo até 2030.

Os sintomas iniciais da doença são tosse e falta de ar. “É a inflamação nos brônquios que acaba destruindo os alvéolos pulmonares. Não dá para recuperar o que foi destruído, mas parar de fumar é a primeira medida para eliminar o fator de risco. Não tem cura, mas há tratamento”, disse Regina Maria. “

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