A transposição do rio São Francisco
representa a esperança de que o sofrimento com a seca se amenize.
Entretanto, o Rio Grande do Norte corre o risco de seguir sem se banhar
da bacia hidrográfica, mesmo no enfrentamento de uma estiagem que
perdura há cinco anos.
O tema da retomada das obras para fazer a
água do São Francisco chegar ao estado tomou conta da sessão da
Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 14. Deputados preocupados com
a situação se comprometeram em participar de uma carava que clama pelo
retorno da transposição. A caminhada ocorrerá nos próximos dias 19 e 20.
Em março, 153 dos 167 municípios
potiguares declaram estado de calamidade pela seca. A capital, Natal,
enfrenta o primeiro racionamento de água da história. O rodízio atinge
cerca de 70% da população.
Do jeito que está, os deputados temem o
pior. Hermano Morais, do PMDB, é enfático. “É preciso que os recursos
existentes sejam aproveitados, pois diante da seca não teremos água
suficiente para os próximos anos”, afirmou.
Falta pouco para a obra alcançar o
estado, de acordo com o deputado Mineiro, do PT. “Temos mais de 90% da
obra concluída, mas se não mobilizarmos o Estado, não veremos as águas
chegarem aqui”, ponderou.
As águas do São Francisco chegarão ao Rio
Grande do Norte por meio de dois ramais. Com a perenização do Rio
Piranhas/Açu, chegarão à Região do Seridó. Já pela construção do Ramal
do Apodi, irá abastecer os municípios do Médio e Alto Oeste.
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