quinta-feira, setembro 28, 2017

Produtores de alimentos devem atentar para rotulagem adequada.

Lista de ingredientes fora da ordem decrescente, falta de informações data de validade e cuidados para conservação correta, além de tabela nutricional com porções inadequadas e informações nutricionais incorretas. Esses são os principais problemas identificados pela vigilância sanitária nos rótulos de produtos de empresas do setor alimentícios do estado. Para ajudar os empreendedores na rotulagem correta, o Sebrae no Rio Grande do Norte promoveu nesta quarta-feira (27) duas palestras técnicas voltadas para esse tema.

A capacitação faz parte das ações do projeto da Indústria de Alimentos e Bebidas do RN do Sebrae e foi executada em parceria com a Vigilância Sanitária de Natal. A nutricionista da Coordenadoria de Vigilância à Saúde (Covisa) Sônia Soares falou para os empresários sobre a relação entre os rótulos e os diretos do consumidor à informação. “Quando um empresário produz alimentos, ele tem responsabilidade direta com a vida das pessoas”, alerta Sônia Soares.

Já a nutricionista do Núcleo de Informação, Educação e Comunicação da Vigilância Sanitária de Natal, Sônia Fernandes, ministrou palestra ‘A Rotulagem de Alimentos na Segurança Alimentar Nutricional’, abordando a legislação que compõe a rotulagem, desde a resolução 259, de 2002, que é considerada o manual das embalagens dos alimentos de uma forma geral, até a resolução 26 de 2015, que trata dos alergênicos.

Ministrada para empresários do segmento de alimentação saudável, a palestra informou sobre os principais cuidados e regras no contexto da segurança alimentar. “Infelizmente, alguns empresários ainda imaginam que rotulagem é mera burocracia. E não é bem assim. Existe todo uma questão de segurança alimentar e nutricional envolvida. É uma exigência global”, defende Sonia Fernandes.

Segundo ela, além dos erros mais cometidos já citados, muitas embalagens do segmento de panificação e lácteos ainda têm informações incompatíveis em relação à presença de glúten. “Os alergênicos são outros problemas. Às vezes, o produto até pode não ter determinada substância, mas, se no processo produtivo tiver algum tipo de cruzamento com outro produto que tenha a substância, é preciso indicar na embalagem”, esclarece a nutricionista sobre as boas práticas.

Aplicativo
Na avaliação da especialista, qualquer empresa que produz alimento, não importa se industrial ou artesanalmente, precisa de um acompanhamento e assessoria na área de rotulagem. “O rótulo é o grande comunicador de risco. Na hora em que uma empresa coloca informações corretas para o consumidor, ela está gerenciando riscos futuros”.

A vigilância sanitária começa também uma campanha sobre as metas da década da nutrição, que envolve, entre outros itens, um esforço para redução dos teores de açúcar, sal e gordura nos alimentos. O órgão inclusive elaborou um aplicativo para dispositivos Android que indica se a quantidade de determinado ingrediente nos produtos é adequada ou não. Com o aplicativo, o consumidor digita os valores da tabela de informações e o programa indica com o verde se está nos níveis aceitáveis ou vermelho, caso haja reprovação. Denominado Rótulo Saudável, o app pode ser baixado da Play Store.

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