quinta-feira, setembro 28, 2017

Líder do EI reaparece com mensagem de voz na internet encorajando os jihadistas.

O líder do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Baghdadi, reapareceu nesta quinta-feira (28) com uma mensagem de voz de 47 minutos divulgada através de foros jihadistas na internet, depois de ter sido dado como morto no Iraque e na Síria em várias ocasiões.

Baghdadi disse na mensagem que "qualquer crise ou sofrimento é um presente de Deus", em referência às derrotas sofridas recentemente pelo EI, tanto na Síria como no Iraque, incluindo a perda do seu feudo iraquiano, Mossul, no último mês de julho.

"Apenas após cortar as cabeças e derramar o seu sangue, (os jihadistas) entregaram Mossul, após quase um ano de luta exemplar", destacou Baghdadi. Ele encorajou em várias ocasiões que os soldados do califado "acendam o fogo da guerra contra seus inimigos" das forças sírias apoiadas pelos "apóstatas" do Irã e da Rússia, e dos “ateus curdos", em referência às Forças da Síria Democrática, que lutam contra o EI em Raqqa.

Baghdadi garantiu que "os soldados do Levante (Síria) são um exemplo para seus irmãos no Sinai, no Egito”, e outras áreas que o EI considera como parte do seu "califado", uma boa parte do qual já lhe foi arrebatado desde sua proclamação em 2014.

Apesar da gravação não ter uma data definida, Baghdadi aborda temas de atualidade como a crise entre Estados Unidos e Coreia do Norte e as tensões em torno da realização do referendo de independência do Curdistão iraquiano, na última segunda-feira.

"Os EUA perderam muito poder (...) e vemos como a Coreia do Norte ameaça EUA e Japão, e vemos como a Turquia tem medo da extensão dos curdos nas suas fronteiras", declarou o homem mais procurado do mundo, nascido no Iraque em 1971.

A última mensagem de Baghdadi havia sido divulgada pelo EI na internet em novembro do ano passado, ainda que nem nesta ocasião sua autenticidade tenha podido ser comprovada.

No último mês de junho, o Ministério de Defesa da Rússia havia assegurado que Baghdadi tinha morrido em maio, em um ataque da aviação russa nos arredores de Raqqa.

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