quinta-feira, junho 28, 2018

"Torre de crânios" dedicado a deus asteca tinha cinco metros de altura

Os astecas sabiam como intimidar seus inimigos: em homenagem a Huitzilopochtli, deus do Sol e da guerra, a antiga civilização construiu uma "torre de crânios" em um dos principais templos da antiga cidade deTenochtitlán — que atualmente corresponde à Cidade do México.

Após realizarem a descoberta macabra, em 2015, os pesquisadores conseguiram reunir vestígios para calcular as dimensões da oferenda: de acordo com um artigo publicado na revista científica Nature, quase 700 crânios eram dispostos em uma construção de 35 metros de comprimento e cinco metros de altura. 

Para realizar esse cálculo, os cientistas utilizaram registros espanhois do século 16: ao chegar na cidade de Tenochtitlán, os europeus se surpreenderam com os crânios encontrados na construção dedicada a Huitzilopochtli — conhecida como "Templo Mayor" pelas tropas da Espanha. 

Ao realizarem uma análise dos crânios, os arqueólogos identificaram que 75% dos restos mortais correspondiam a homens saudáveis que tinham idades entre 20 a 35 anos. Isso reforça a ideia de que guerreiros inimigos foram sacrificados em rituais dedicados ao deus da guerra dos astecas. Os crânios de mulheres e crianças pertenceriam a escravos, que foram aprisionados durante os conflitos. 

Considerada uma das civilizações mais organizadas que foram constituídas na América antes do período das Grandes Navegações, no século 16, os astecas dominaram territórios que atualmente correspondem ao México. Eles foram subjulgados pelas tropas espanholas após a conquista da capital Tenochtitlán  em 1521.

Em apenas cinco anos, a civilização asteca foi praticamente extinta por uma doença europeia que matou 15 milhões de pessoas — aproximadamente 80% da população. Como as populações locais não tinham entrado contato com essas variedades de vírus e bactérias, o sistema imunológico não estava preparado para combater os novos agentes causadores de doenças. Epidemias causadas por enfermidades trazidas pelos europeus também foram responsáveis pela morte de milhares de indígenas em diferentes territórios, como o Brasil. Via G1.

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