Os pesquisadores da UFRJ lançam um alerta para este verão: a provável
infecção simultânea pelos vírus da dengue e mayaro por intermédio do
Aedes aegypti. A hipótese, se comprovada cientificamente, será a
confirmação de mais uma enfermidade transmitida pelo mosquito em áreas
urbanas do Rio, além da dengue, zika echikungunya. As pesquisas estão em
andamento no Laboratório de Virologia Molecular da universidade, no
Fundão.
A descoberta da circulação de mayaro no Rio foi anunciada pelos
pesquisadores da UFRJ em maio, com a confirmação de três pessoas
infectadas em Niterói. Caso o vírus, que circula na Amazônia e em áreas
silvestres do Centro-Oeste e tem os mosquitos Haemagogus e Sabethes como
vetor, esteja sendo transmitido pelo Aedes aegypti, os cientistas irão
comprovar a associação entre dengue e mayaro e a dupla infecção nas
cidades.
“O que temos por enquanto são fortes indícios de que isso esteja
acontecendo. Em Goiânia, houve uma epidemia de mayaro em 2016. E
constatamos, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), que
90% das pessoas infectadas com mayaro tinham dengue também. É muito
pouco provável que elas tenham sido picadas por diferentes mosquitos”,
explica o virologista Rodrigo Brindeiro.
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