Um garoto de 11 anos morreu eletrocutado ao tentar pular uma cerca para resgatar uma bola. O incidente ocorreu no distrito de Lagoa do Feijão, em Tangará, a 82 Km de Natal, por volta das 20h deste domingo (20). André Batista da Silva disputava uma partida de futebol com os amigos em um terreno baldio, quando a bola caiu em um terreno vizinho. O território era demarcado por uma cerca, e quando o garoto tocou o arame farpado na tentativa de passar para o outro lado, recebeu uma descarga elétrica.
Segundo o sargento Carlos José de Lima, sub-comandante de pelotão policial local, a cerca foi eletrificada por José Lúcio da Silva, que não é proprietário do terreno. O homem é deficiente mental, surdo, mudo e asmático. Ele teria realizado, sem um motivo aparente, uma ligação clandestina através da fiação de sua residência, para eletrificar a cerca de arame farpado.
André batista teve as mãos e a cabeça carbonizadas. Ele ainda foi socorrido ao hospital da cidade, mas já chegou à unidade de hospitalar morto. O sargento Carlos Lima conta que conversou com as famílias da vítima e do responsável pela ligação clandestina e acordou não deter José Lúcio, por causa dos seus problemas de saúde. A decisão sobre o que acontecerá com o homem ficará a cargo do delegado responsável pela Delegacia de Polícia local, Petros Antônios. O proprietário do terreno não foi encontrado.
Fonte: D/O.
Sou o Escrivão de Polícia da cidade de Tangará. Tomei oitivas do pai da vítima e do suposto responsável pelo óbito da mesma, com a ajuda de um intérprete, através de linguagem de sinais. Ele, JOSÉ LÚCIO, negou ter feito a ligação elétrica na cerca, e alegou não saber quem o fez.
ResponderExcluirQuanto a ser deficiente mental, a família até a presente data não apresentou nenhum documento comprobatório que ateste tal condição, passando o mesmo a responder o processo como um cidadão comum.
Quando da sua localização e condução à Delegacia de Tangará, para prestar esclarecimentos, eu e outros policiais visualisamos, no interior de sua residência, vários tipos de "gambiarras" elétricas, sob o teto da casa, cruzando os caibros, como se ele esperasse que alguém fosse nexer ali, um invasor, por exemplo.
Na dita ocasião, na presença de seus familiares, ele encostou-se num pedaçõ de fio pendurado, e tomou um choque elétrico, não tão forte quanto o sofrido pela vítima, mas suficiente para fazê-lo reclamar e acariciar o braço por toda a tarde daquele dia fatídico.