Uma comissão composta por funcionários da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está investigando outros seis casos de possíveis fraudes no processo seletivo no vestibular 2011, envolvendo o benefício do argumento de inclusão. Na última sexta-feira, tornou-se público o caso do estudante Antônio Gomes da Silva Filho que foi aprovado em primeiro lugar em medicina e primeiro lugar geral no Vestibular 2011 da UFRN, após utilizar o argumento de inclusão de forma indevida. A Universidade informou que enviará o processo para o Ministério Público Federal, além de estudar a possibilidade de cancelar a participação de candidatos que tenham concluído os estudos através do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A mesma situação ocorreu com o aluno do curso de ciências e tecnologias, Pedro Hugo Alves Fontes que tentou ingressar para o curso de medicina apresentando a documentação de aluno da rede pública. Apesar de utilizar o benefício do Argumento de Inclusão, Pedro Hugo não ficou entre os 100 classificados (número de vagas oferecidas pela UFRN). Os dois tiveram as inscrições no vestibular canceladas.
O reitor da UFRN, Ivonildo Rêgo, explicou que após denúncia anônima, a Comperve iniciou um levantamento de todos os candidatos que participaram do processo seletivo utilizando certificado de conclusão através do EJA. A partir desse levantamento, uma comissão composta por membros da instituição descobriu a existência de mais seis novos casos, totalizando oito até o momento. Quando questionado sobre a participação de candidatos que apresentem certificados através do EJA, o reitor informou que esse será um dos pontos de discussão na reunião do colegiado da instituição. “Esse foi o primeiro ano que utilizamos o sistema do EJA no vestibular da UFRN, porém a sensação que temos é que não devemos aceitar nos próximos anos. Apesar disso, estudaremos a exclusão ou não, durante a elaboração do próximo edital do vestibular que está previsto para maio”, esclareceu.
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