Pelo menos um em cada cinco adolescentes
que estão em tratamento contra o HIV abandona a terapia na metade,
atrapalhando o controle da doença, comprometendo o tratamento e
aumentando o risco de desenvolver resistência à medicação.
A toxicidade dos medicamentos e os
efeitos adversos são os principais motivos apontados para a desistência,
seguidos de problemas psicológicos (especialmente depressão) e
esquecimento. Especialistas apontam que o jovem é o que tem pior adesão
ao tratamento de HIV, seguido pelos adultos e, depois, pelas crianças.
Os dados foram levantados em 2012 por
dois centros de excelência em tratamento de HIV em adolescentes no País:
o Instituto Emílio Ribas, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de
São Paulo, e o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, vinculado à
Universidade Federal do Estado do Rio (UniRio).
Em São Paulo, o levantamento foi feito
com 581 adolescentes que estão em tratamento, com idade entre 12 e 17
anos. Desse total, 131 jovens estão há pelo menos seis meses sem agendar
uma consulta ou comparecer a um retorno. A maioria foi infectada pela
mãe durante o parto (transmissão vertical).
No Rio, o trabalho levou em conta
entrevistas feitas com 122 pacientes entre 12 e 19 anos. Desses, 17%
abandonaram o tratamento – interromperam a terapia por mais de três
meses.
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