A presidente Dilma Rousseff participa hoje (12) da Cúpula do
Mercosul em Montevidéu, no Uruguai. Juntamente com vários líderes
regionais, ela deverá formalizar a declaração de repúdio ao esquema de
espionagem dos Estados Unidos a cidadãos norte-americanos e
estrangeiros, conforme denúncias do ex-consultor Edward Snowden. Ao
chegar ontem (11) à capital uruguaia, Dilma defendeu a iniciativa dos
presidentes da região.
Ela disse que é uma posição correta o ato de repudiar o esquema de
espionagem, que viola os direitos humanos, a privacidade e a soberania
dos países. Segundo a presidenta, todos os países que se consideram
democráticos devem aderir à declaração de repúdio preparada para hoje. A
cúpula será encerrada à tarde.
O Mercosul é formado pelo Brasil, a Argentina, o Uruguai, a Venezuela e
o Paraguai, suspenso provisoriamente. O bloco representa
aproximadamente 80% do Produto Interno Bruto, 72% do território
regional, 70% da população, 58% dos ingressos de investimento
estrangeiro direto e 65% do comércio exterior regional.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou a
negociação dos países da América Latina para a adoção de uma posição
conjunta de repúdio ao esquema de espionagem norte-americano. Anteontem
(10), os governos da Colômbia, do México, Chile, Equador e da Argentina
condenaram o monitoramento externo e cobraram explicações dos Estados
Unidos.
A presidenta começa o dia com um café da manhã com os demais líderes,
depois há uma série de reuniões da cúpula e a previsão é que o
encerramento ocorra por volta das 15h. Dilma está acompanhada pelos
ministros Antonio Patriota, Aloizio Mercadante (Educação), Fernando
Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Helena
Chagas (Comunicação Social).
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