quinta-feira, dezembro 10, 2015

Agressor de médico em Tibau do Sul pode ser investigado por outros crimes.

Além de responder por agressão ao médico Antônio Joaquim Ferreira de Andrade na última sexta-feira (04), plantonista da Unidade de Saúde de Tibau do Sul, Guilherme Mendes de Farias, poderá vir a ser investigado por outros crimes cometidos no mesmo episódio.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) pediu que o inquérito contemple outras questões, não abordadas no registro da ocorrência.

O promotor Sidharta Johon, considerando os fatos ocorridos no dia 4 de deste mês e documentados em vídeo, solicitou a abertura de inquérito policial contra o agressor também por desacato a toda equipe médica que trabalhava no local, constrangimento ilegal e danos ao patrimônio público.

Na solicitação, o promotor argumentou que o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) aberto na ocasião foi equivocado.

Segundo ele, o acúmulo de crimes graves praticados por Guilherme é superior à pena de dois anos de prisão, o que tira o caso da competência do Juizado Especial, responsável por analisar questões que partem de TCO’s, com crimes de pensas inferiores a dois anos ou alternativas.

“Requisito a instauração de inquérito policial para apurar os crimes acima listados, sem prejuízo de outros que a autoridade policial durante a investigação verifique terem ocorrido”, destacou o promotor na requisição.

Nas diligências da investigação, Sidharta pediu identificação e oitiva dos profissionais que trabalhavam na Unidade de Saúde no dia do fato, colhendo em detalhes os relatos sobre o ocorrido, inclusive, os xingamentos que teriam sido proferidos contra a equipe de Saúde e demais profissionais que trabalhavam no Hospital.

Também solicitou identificação e oitiva de pessoas que presenciaram o ocorrido e verificação in locu na Unidade de Saúde para constatar se houve dano ao patrimônio público, avaliando a necessidade de se requisitar perícia ao ITEP.

Para averiguar a gravidade da agressão, o promotor também requisitou o laudo complementar ao ITEP para averiguar se a vítima correu risco de morrer durante o episódio, devido ao porte avantajado do ofensor, à fragilidade da vítima idosa e à força dos golpes aplicados em região orbital esquerda, os quais originaram os hematomas e a abertura do supercílio.

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