O presidente Michel Temer informou que o governo federal iniciará a implementação do Plano Nacional de Segurança Pública
pelo município do Rio de Janeiro e que as ações de combate à
criminalidade não serão "pirotécnicas", e sim planejadas. Ao discursar
na abertura de uma reunião com autoridades da área da segurança e
políticos do estado do Rio de Janeiro, Temer disse que, após
experiências "pontuais" anteriores, o plano de segurança pública está
"mais sistematizado".
"Agora, [com o plano] sistematizado, nós
vamos começar experiências nas várias cidades brasileiras. Não uma
interferência, mas uma produção operacional mais intensa em cada estado.
Será um experimento muito concentrado. Não será nada pirotécnico, e sim
planejado para fazer operações inicialmente na cidade do Rio de
Janeiro", afirmou. Temer disse que o governo estadual e a prefeitura da
capital estão "de comum acordo" com o plano.
O presidente não
chegou a descrever detalhes do que será feito, mas disse que, após
diversas reuniões sobre o assunto, foi possível dar um início "mais
concreto" às ações do Plano Nacional de Segurança Pública, lançado no
início deste ano. Além de ministros, participam do encontro o governador
do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, o prefeito Marcelo Crivella e o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Segundo
Temer, o plano terá, entre suas referências, o que foi executado
durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, “quando as forças
nacionais garantiram tranquilidade absoluta para a realização do
evento”.
O presidente disse que as medidas adotadas recentemente
em episódios como as rebeliões ocorridas em presídios das regiões Norte e
Nordeste, bem como o problema ocorrido no Espírito Santo, por conta da
greve de policiais militares, ganharam “dimensão extraterritorial e
extrajudicial”. Ele ressaltou a importância de uma integração entre os
governos federal, estadual e municipal,
“Decidimos segundo as
nossas competências, portanto, sem invadir a competência dos estados,
ingressar no tema da segurança pública nos estados brasileiros”, disse o
presidente, ao comentar que tais ações tiveram por objetivo garantir os
“princípios constitucionais da lei e da ordem“, por meio do uso das
Forças Nacionais. “Recebemos aplausos, não só de autoridades, mas da
população”, acrescentou.
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