A empresa Meta Manutenção e Instalações Industriais, que atua
no ramo de engenharia, é um dos focos da Operação Sothis II, deflagrada
hoje (23) Pela Polícia Federal. Segundo o Ministério Público Federal
(MPF) no Paraná, ela é suspeita da fazer “pagamentos de propinas” de
mais de R$ 2,3 milhões. O dinheiro beneficiava o ex-gerente da
Transpetro, José Antônio de Jesus, que atualmente cumpre prisão
preventiva em Curitiba.
“As investigações tiveram início
com a colaboração premiada de executivos da NM Engenharia, que relataram
o pagamento de propinas ao ex-gerente da Transpetro, derivadas de
contratos celebrados com a estatal”, diz a nota divulgada pelo MPF.
A nota informa ainda que, a partir dessas informações, foram realizadas diligências que levaram à deflagração da 47ª fase da Operação Lava Jato,
em novembro do ano passado. Na “ocasião foram realizadas buscas e
apreensões e conduções coercitivas. Na época foi relatada por um dos
investigados a existência de outros pagamentos indevidos em favor de
José Antônio de Jesus, especialmente provenientes da empresa Meta”.
Com
base nas informações apuradas na 47ª fase foram adotadas “novas medidas
de investigação, como quebras de sigilo bancário, fiscal, telemático e
de registros telefônicos, as quais revelaram a existência de transações
bancárias entre a Meta Manutenção e uma empresa vinculada a José Antônio
de Jesus, sendo apuradas diversas transferências, entre os anos de 2009
e 2011, que somaram a quantia de R$ 2.325.000”.
Segundo o MPF,
as provas colhidas até agora indicam ainda que, logo após as
transferências dos recursos pela Meta Manutenção, familiares de José
Antônio de Jesus foram favorecidos com operações bancárias diretas da
empresa vinculada ao ex-gerente da Transpetro, "evidenciando que foi
utilizada apenas para esconder a origem ilícita dos valores”.
Na
operação desta sexta-feira, os policiais federais cumprem três mandados
de busca e apreensão em endereços nas cidades de Salvador, na Bahia;
Campinas e Paulínia, em São Paulo. Os mandados judiciais foram expedidos
pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
De acordo com a PF, o nome da
operação é uma referência a uma das empresas investigadas na primeira
Operação Sothis, a Sirius. A estrela Sirius era chamada pelos egípcios
de Sothis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário