O segundo turno das eleições teve a maior abstenção desde 1998: 31.308.796 de brasileiros não foram às urnas neste domingo.
Esse total representa 21,29% do eleitorado brasileiro. Além disso,
foram 2.484.636 de votos em branco (2,15%) e 8.599.212 de votos nulos
(7,43%).
Para o analista político Creomar de Souza, professor da Universidade
Católica de Brasília, o alto índice de abstenção se deve à polarização
do processo eleitoral. “Uma eleição muito polarizada expulsa os
moderados”, afirmou o professor.
Em 1994, quando o tucano Fernando Henrique Cardoso foi eleito no
primeiro turno, a abstenção chegou a 29,3% do eleitorado. Na eleição
seguinte, o índice caiu para 21,5% do total de eleitores aptos a votar.
A partir das eleições de 2002, a taxa de abstenção ficou abaixo de
20%. Em 2002, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotou o
tucano José Serra, no segundo turno, os não votantes foram 17,7% dos
eleitores.
Na reeleição de Lula, em 2006, foi registrado o menor índice do
período: 16,8% do eleitorado. Na primeira eleição da petista Dilma
Rousseff, a taxa de abstenção ficou em 18,1%. Na reeleição da petista,
chegou a 19,4% do eleitorado.
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