terça-feira, setembro 22, 2015

Agripino diz que proibição de doações de empresas prejudicam nomes novos na política.

Ao analisar a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que proibiu as doações de empresas para partidos e campanhas eleitorais, o senador José Agripino Maia, presidente nacional e estadual do DEM, disse que a nova regra favorecerá aos nomes que já estão postos na política, dificultando o surgimento de novas lideranças, devido à indisponibilidade de tempo e recursos para se chegar ao eleitorado.

Agripino, no entanto, destacou que o assunto ainda não está definido. Ele lembrou que existe uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em discussão no Congresso Nacional que justamente vai de encontro à decisão do STF. Por isso, frisou o parlamentar, o momento ainda é de indefinição.

“Se prevalecerem essas regras, terão que fazer campanhas mais curtas, com menos gastos e as redes sociais terão papel muito importante. O corpo a corpo e a palavra dos candidatos serão importantes. Os candidatos mais antigos levam vantagem. Os nomes novos terão dificuldade para se firmar. Isso torna desigual a disputa. Acho negativo”, avaliou o democrata.

Segundo ele, será preciso que os partidos se adaptem ao novo momento. “Serão campanhas menores, com restrições. O que acontece com uma casa quando o dinheiro do orçamento diminui? A família se ajusta aos novos tempos. A mesma coisa vai acontecer. Se permanecer este modelo, os partidos e os candidatos terão que fazer campanha com menos recursos”, enfatizou.

Pensando em 2016, o presidente do DEM reiterou que o momento é de adaptação. “Não é que exista estratégia. A campanha será feita com as regras disponíveis, o tempo disponível e o dinheiro disponível. É um processo de ajuste automático. Não há plano B nem há milagre. Você faz aquilo que é possível fazer”, finalizou

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