terça-feira, setembro 22, 2015

Anistia Internacional emite nota de repúdio à novela “A Regra do Jogo”; entenda!

Causou polêmica o capítulo desta segunda-feira de “A Regra do Jogo”, e a  Anistia Internacional está envolvida.  No capítulo, o personagem de Romero Rômulo (Alexandre Nero) fala que é da Anistia Internacional para conseguir entrar num presídio, onde deixa itens para a construção de uma bomba.

A Anistia, em nota, “manifesta total repúdio ao uso do nome da organização de maneira indevida (…) a representação equivocada do trabalho de defensores de direitos humanos na novela tem sido explorada de forma irresponsável e contribuindo para criminalizar o mesmo”.

Confira o comunicado na íntegra:
“A Anistia Internacional manifesta total repúdio ao uso do nome da organização de maneira indevida no capitulo da novela A regra do jogo exibido nesta segunda feira (21). Ao entrar em um presidio de segurança máxima, o protagonista da novela, Romero Romulo, interpretado por Alexandre Nero, se apresenta como advogado de direitos humanos que estaria a serviço da Anistia Internacional. A representação equivocada do trabalho de defensores de direitos humanos na novela tem sido explorado de forma irresponsável e contribuindo para criminalizar o mesmo.

A Anistia Internacional é uma organização respeitada, com 54 anos de historia, que conta com mais de 7 milhões de apoiadores que se mobilizam em defesa dos direitos humanos para todos e todas. Vencedora do Prêmio Nobel da Paz (1977) e presente em mais de 150 países, tem 95% dos seus custos financiados por doações individuais, o que permite total independência de governos, partidos, interesses econômicos, políticos e religiosos.

No Brasil, a atuação da organização tem sido pautada pelo debate amplo sobre os altos índices de homicídios entre os jovens negros moradores de periferia, que respondem por 77% dos cerca de 30 mil jovens assassinados todos os anos no país.

Embora se trate de uma obra de ficção, a novela A regra do jogo, ao usar o nome da Anistia Internacional – uma organização referência e atuante no país, presta um desserviço à consolidação de uma cultura de direitos humanos na sociedade brasileira."

Procurada, a Globo afirma que “as novelas são obras de ficção sem compromisso com a realidade, como registramos ao final de cada capítulo. Ao recriar livremente situações que podem ocorrer na vida real, a dramaturgia busca apenas tecer o pano de fundo para suas histórias”.

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