sexta-feira, setembro 25, 2015

Presidente da Câmara dos EUA vai renunciar.

O presidente da Câmara dos Estados Unidos e líder da maioria republicana, John Boehner, vai renunciar ao cargo e ao mandato no fim de outubro, encerrando um tumultuado ciclo de cinco anos à frente da casa e uma carreira de 25 anos no Congresso. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25), por assessores do gabinete dele. Boehner, que ocupa o terceiro cargo mais importante do Executivo americano, tem sido questionado em várias ocasiões nos últimos anos pela ala mais conservadora do seu partido, que vem exigindo uma posição de maior embate com o presidente americano, Barack Obama, e os democratas no Congreso.

“O presidente da Câmara acredita que colocar os membros da casa sob uma prolongada liderança turbulenta pode causar danos irreparáveis a esta instituição”, informou uma porta-voz de Boehner, acrescentando: “Ele está orgulhoso do que foi realizado, e de sua liderança, mas para o bem da ala republicana e da instituição, ele vai renunciar à presidência e a seu assento no Congresso”.

A decisão foi recebida com surpresa, apenas um dia depois de o líder republicano receber o Papa Francisco no Capitólio, em Washington. Boehner, representante do estado de Ohio, foi reeleito líder da Câmara para um terceiro mandato neste ano, apesar das ameaças da ala mais conservadora do partido que classificam sua atuação como principal representante da oposição como “desastrosa”.

O nome de Kevin McCarthy, número dois entre os republicanos na Câmara, é apontado como o possível substituto de Boehner, apesar de também não ter apoio garantido a ala conservadora.

Ao todo, 24 congressistas republicanos deixaram de votar em Boehner, um número recorde nas eleições para a presidência da Câmara. Mesmo nomes como os congressistas republicanos Steve King, de Iowa, e David Brat, da Virgínia, que apoiaram Boehner no passado, afirmaram que o presidente da Câmara não contaria com seus votos na escolha do novo líder em janeiro.

A porta-voz de Boehner disse que o legislador republicano efetivará a renúncia ao cargo de líder em 30 de outubro.

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