Os casos de violência sexual contra mulheres registrados pelo Disque
180 (Central de Atendimento à Mulher) durante o Carnaval de 2017
aumentaram 87,93% em relação ao Carnaval do ano anterior. Os dados são
referentes a ligações recebidas de todo o Brasil e foram divulgados
nesta sexta-feira (3) pela SPM (Secretaria de Políticas para as
Mulheres), do governo federal.
Entre sábado (25) e terça-feira
(28) de 2017, o serviço registrou 2.132 atendimentos, uma queda de 1,62%
em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas
2.167 ligações.
Se em números gerais o número de atendimentos
caiu levemente, a quantidade de relatos de violência sexual que chegaram
ao Disque 180 no Carnaval de 2017 quase dobrou. Foram 58 no ano passado
e 109 em 2017.
Para o governo federal, o aumento no número de
casos de violência sexual denunciados ao Disque 180 pode estar
relacionado às campanhas de conscientização sobre o assunto realizadas
antes e durante o Carnaval.
"Acreditamos que, com informação,
mais mulheres estão tendo coragem de ligar para o 180 e denunciar casos
ou buscar orientação", disse a secretária de Políticas para Mulheres,
Fátima Pelaes.
Dos 2.132 atendimentos registrados no Carnaval de
2017, mais da metade, 1.136 (53,4%), foram relativos a violência
física. Outros 671 casos (31,4%) se referiam a violência psicológica.
Na última quinta-feira (2), a PM do Rio de Janeiro divulgou os dados
relativos aos casos de violência contra mulheres durante o feriadão.
De acordo com a corporação, uma mulher foi vítima de agressão a cada três minutos durante o Carnaval do Rio de Janeiro.
Depois de receber as ligações, o Disque 180 faz uma triagem dos casos e
encaminha os relatos às autoridades locais responsáveis pelas
investigações de crimes contra as mulheres.
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