O ministro Edson Fachin, relator da Lava
Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou mais um pedido de
liberdade feito pelo ex-deputado Eduardo Cunha, que se encontra preso
preventivamente em Curitiba desde outubro do ano passado, por ordem do
juiz Sergio Moro, responsável pela operação na primeira instância.
Desta vez, Fachin negou o prosseguimento de um habeas corpus
protocolado pela defesa de Cunha em dezembro e que já havia sido
rejeitado pelo ministro Teori Zavascki, relator anterior da Lava Jato
até sua morte na queda de um avião, em janeiro.
Os advogados de Cunha recorreram da
decisão monocrática de Teori, mas Fachin a confirmou sob os mesmos
argumentos: de que o STF não poderia julgar o pedido de liberdade antes
de ele ter seu mérito apreciado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No mês passado, o plenário do STF decidiu
rejeitar um outro pedido de liberdade de Cunha. O resultado, com placar
de 8 a 1, coincidiu com o voto do ministro relator Edson Fachin, que na
ocasião também defendeu a manutenção da prisão do ex-deputado.
A prisão preventiva de Cunha foi
decretada em outubro por Moro na ação penal em que o deputado cassado é
acusado de receber R$ 5 milhões, depositados em contas não declaradas na
Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a
compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.
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