Uma organização criminosa que fraudava licitações e desviava recursos
públicos federais e estaduais, com atuação no âmbito da Secretaria de
Estado de Saúde de Minas Gerais, é alvo da Operação Amphíbia, deflagrada
hoje (21) pela Polícia Federal (PF).
Segundo a PF, a ação
criminosa manipulava e direcionava as normas do edital de licitação com
objetivo de, entre outras medidas, aumentar os lucros e diminuir os
encargos da empresa vencedora da licitação e diminuir as “garantias da
administração pública e seu poder de fiscalização, propiciando os
desvios de recursos em benefício dos envolvidos”.
A investigação
começou por meio de inquérito policial aberto com base em uma auditoria
conduzida pela Controladoria-Geral do Estado em contrato feito pela
Secretaria estadual de Saúde de Minas Gerais e uma empresa, cujo nome a
PF não divulgou.
“O objeto do contrato era a prestação de serviços nas áreas de propaganda, promoção, merchandising e
eventos, referentes a combate à dengue e à gripe”, diz a nota da PF. A
vigência do contrato foi de 13 de junho de 2012 a 12 de junho de 2016.
De
acordo com as investigações, as fraudes envolviam servidores que tinham
vínculo direto ou indireto com a empresa contratada. “Um dos servidores
chegava a alternar seu vínculo empregatício entre as empresas
envolvidas no esquema criminoso e a Secretaria de Saúde”.
O nome
da operação, Amphíbia, é uma referência a esses servidores, chamados de
anfíbios, porque revezavam seus vínculos empregatícios ora com o estado,
ora com as empresas do setor privado, beneficiárias do contrato com a
secretaria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário