Recentemente, a A Sociedade Brasileira de Pediatria lançou o Guia Prático de Atualização sobre o tema “Intoxicações agudas por medicamentos de uso comum em pediatria".
O guia foi encaminhado aos pediatras brasileiros sobre possíveis
danos físicos provocados pela ingestão de remédios e outros produtos. Há
recomendações sobre limites de dosagem, mecanismos de ação tóxica,
evolução do quadro clínico, procedimentos diagnósticos e opções de
tratamento.
O presidente do Departamento Científico de Toxicologia da Sociedade
Brasileira de Pediatria, Carlos Augusto Mello da Silva, que coordenou a
elaboração do guia, adverte que os incidentes ocorrem, na maioria dos
casos, em ambientes domésticos.
“ A criança pega o remédio dos pais ou o dela mesmo, que foi deixado
ao alcance da mão, e toma em uma quantidade muito acima da prescrita
pelo médico. Ela toma meio vidro ou então engole vários comprimidos
coloridos da cartela. O pico no mundo todo é em crianças na faixa etária
pré-escolar.”
De acordo com o especialista, os acidentes podem ser evitados. “Os
adultos devem estabelecer algumas precauções para evitar que situações
adversas se concretizem. A principal delas é sempre armazenar fármacos e
produtos de limpeza sempre nos locais mais elevados, de preferência em
armário com chave.”
No caso dos adolescentes, o problemas são outros, automedicação e
dosagens inadequadas. Como adolescentes têm o comportamento mais próximo
ao adulto, ocorrem confusões. “ Por ter mais autonomia, ao invés de
tomar um comprimido, por conta própria, toma uma quantidade maior. No
entanto, a faixa etária que realmente preocupa é a pré-escolar, que são
intoxicações acidentais.”
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